quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Meio Ambiente e Políticas Públicas.

Efetividade das Políticas Públicas Ambientais na Fronteira Franco-Brasileira: o caso do Amapá e o Platô das Guianas.

1.                    PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA

Este projeto tem como objetivo estudar a aplicabilidade das políticas públicas nas áreas de biodiversidades na fronteira franco-brasileira, como indutor do desenvolvimento viável ao modelo de sustentabilidade para o estado do Amapá e manter as comunidades que se encontram em torno dessas reservas ambientais com os mesmos padrões tradicionais. Esta proposta metodológica que nos propomos ter como base de análise vem sendo aplicada no estado do Amapá, nos espaços de conservação ambiental, através do Parque Nacional do Cabo Orange e do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque.
O Brasil e a Guiana Francesa têm se projetado como ponto de referência na cooperação internacional pelas vantagens de sua rica biodiversidade. As regiões de fronteira enfrentam uma série de problemas socioambientais que nem sempre são trabalhados em conjunto pelos países vizinhos. E, na maioria dos casos, somente uma ação conjunta é capaz de minimizar ou resolver certas questões.
              O foco na biodiversidade deverá estreitar as relações entre Brasil e França no campo da Ciência e Tecnologia, se for pensada uma política que estabeleça metas, voltada principalmente para o bioma da região amazônica e a repatriação de dados genéticos da flora brasileira.
Neste sentido já existe um acordo de cooperação entre os dois países onde foram estabelecidas quatro prioridades: a) ordenamento territorial, regularização fundiária e zoneamento ecológico e econômico; b) avaliação do estado dos recursos naturais do bioma amazônico, tanto do lado brasileiro quanto do lado francês, mediante a utilização de dados e técnicas de observação espacial, assim como levantamento de terreno; c) valorização energética dos produtos florestais e dos subprodutos da transformação da madeira; d) gestão para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade florestal em uma repartição justa e equitativa da utilização de recursos genéticos.
 Com este propósito, os projetos destinados a valorizar a economia e os produtos da biodiversidade, bem como, assegurar uma proteção efetiva dos conhecimentos tradicionais associados, no quadro da Convenção sobre a Diversidade Biológica, levando em conta os trabalhos em curso na Organização Mundial do Comercio e na Organização Mundial da Propriedade Intelectual é possível estabelecer uma proximidade política com ênfase na região do Amapá e Guiana Francesa.
         Um dos locais cogitados para o estabelecimento físico da sede do Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade da Amazônica é o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, considerado a maior unidade de conservação de floresta tropical do mundo. Situado no Estado do Amapá, com uma pequena porção no Estado do Pará, o parque tem área de 3,8 milhões de hectares e faz fronteira com as florestas da Guiana Francesa.
            Ainda sobre os acordos sobre a biodiversidade existe o Programme Oyapock Nature que tem como objetivo Promover um programa de cooperação entre Parque Nacional do Cabo Orange e Parc Naturel Régional de la Guyane na foz do rio Oiapoque, visando a conservação do meio ambiente e dos recursos naturais daquela região, através da gestão participativa, conduzindo ao desenvolvimento sustentável na área do PNRG e no entorno do PNCO.
              Nesta forma, analisar a Aplicabilidade das Políticas Públicas nas Áreas de Biodiversidade no contexto amazônico é singular, uma vez que pretendemos identificar como essa nova forma de política vem contribuindo para a formação do capital social atrelado ao desenvolvimento local como indutor da sustentabilidade nas áreas de biodiversidade no estado do Amapá.
              Entretanto, estudar a Aplicabilidade das Políticas Públicas nas Áreas de Biodiversidade como indutor do desenvolvimento sustentável, na fronteira franco-brasileira, com base no modelo do que vem sendo discutido sobre conservação ambiental, será fundamental para compreendermos o papel que o Estado assume enquanto estratégia para a apropriação dos recursos, a fim de, potencializar o desenvolvimento local.
              Neste sentido, a pesquisa tem como propósito problematizar: Em que medida a Aplicabilidade das Políticas Públicas vem sendo indutor do desenvolvimento para que as reservas ambientais e as comunidades tradicionais na fronteira franco-brasileira mantenham um modelo de desenvolvimento sustentável? E como questões norteadoras têm: A aplicabilidade das políticas públicas contribui para o desenvolvimento sustentável nas áreas de reservas ambientais na fronteira Franco-brasileira? Quais os principais problemas socioambientais ocorrido na região de fronteira franco-brasileira? É viável o papel que o Estado assume enquanto estratégia para a apropriação dos recursos, a fim de, potencializar o desenvolvimento local?

             
2.1. GERAL:

v  Analisar em que medida a Aplicabilidade das Políticas Públicas vem sendo indutor do desenvolvimento sustentável nas Áreas de biodiversidade na fronteira franco-brasileira?

2.2. ESPECIFICOS:

v  Analisar como as Políticas Públicas contribuem para o fortalecimento do desenvolvimento sustentável nas áreas de biodiversidade na fronteira franco-brasileira;
v   Identificar os principais problemas socioambientais ocorrido na região de fronteira franco-brasileira e
v  Explicar o papel que o Estado assume enquanto estratégia para a apropriação dos recursos, a fim de, potencializar o desenvolvimento local.

3.  HIPÓTESE

            Ao tratar das políticas públicas na fronteira franco-brasileira, surgem alguns elementos que nos remetem a pensar no papel que assumem o Estado enquanto agente do desenvolvimento a partir da relação de mediação que exerce entre outros centros de grande porte, podendo esta mediação ocorrer do ponto de vista dos fluxos, da circulação de capitais, bens e serviços, bem como pelo fato de se tratar de uma grande área ainda em estado de conservação. Neste sentido, a primeira hipótese que se levanta é que o Amapá assume o papel de centro dinamizador e centralizador do fortalecimento do desenvolvimento sustentável na dinâmica sócio espacial da fronteira franco-brasileira.
            A segunda hipótese aqui apresentada remete-se ao fato de identificar se uma ação conjunta é capaz de potencializar e elo de desenvolvimento, garantindo o aproveitamento dos recursos e minimizando os problemas socioambientais.                                      Por fim, ao buscarmos explicar o papel que o Estado assume enquanto estratégia para a apropriação dos recursos é também considerar a capacidade intelectual das populações, a fim, de empoderá-las de um forte capital social para que possam intervir de forma prudente no meio em que vivem para terem a capacidade de utilizar todos os recursos disponíveis de forma racional.



4. REFERENCIAS TEÓRICOS

Para respondermos as questões da referida pesquisa em primeiro lugar faz - necessário compreendermos a concepção de alguns conceitos, dentre eles o de território, talvez o mais complexo, pela sua abrangência e diversidade de compreensão, sobre essa analogia, Santos (1997), coloca que a “configuração territorial é o território e mais o conjunto de objetos existentes sobre ele; objetos naturais ou objetos artificiais que a definem” (p. 75). O território se forma a partir do espaço, nessa perspectiva, o território é um espaço onde se projetou um trabalho, sejam elas energia e informação, e que, por consequência, revela relações marcadas pelo poder. (Raffestin, 1993). As relações de produção e consequentemente as relações de poder do Estado ao individuo, passando por todas as organizações pequenas ou grandes, são responsáveis por produzirem o território. De fato o Estado esta sempre organizando o território nacional por intermédio de novos recortes, de novas implantações e de novas ligações (idem, 1993).
Fonseca (2008) trabalha o conceito de territorialidade em Raffestin sob a ótica do “conjunto de relações mantidas pelo homem, enquanto pertencente a uma sociedade com a exterioridade e a alteridade, com ajuda de mediadores ou instrumentos’’(RAFFESTIN, 1988: 265)”. Acrescenta que a territorialidade humana não é, pois, constituída só por:

relações com territórios concretos, mas também por relações com os territórios abstratos como língua, religiões, tecnologias, etc. Esta relação é então organizada segundo uma série de regras, comunicabilidade que está implícita na mesma relação societária (RAFFESTIN, 1988: 266).

Essa territorialidade humana reflete, para Raffestin, a multidimensionalidade do ‘vivido’ territorial pelos membros de uma coletividade e se manifesta em todas as escalas espaciais e sociais; ela é consubstancial a todas as relações e seria possível dizer que “é a face vivida da face agida do poder” (1993: 162).
Outro autor referenciado por Fonseca (2008) que discute a relação de poder no território é Robert Sack (1986), que o define a partir da territorialidade afirmando que a mesma é definida:

como a tentativa de um indivíduo ou grupo de afetar, influenciar ou controlar pessoas, fenômenos e relações, através da delimitação e da afirmação do controle sobre uma área geográfica. E acrescenta: esta área geográfica é o território (SACK, 1986: 19).

Nessa definição de território, o autor também mostra como o espaço se torna território. Isso significa dizer que o mesmo só se torna “território quando suas fronteiras são usadas para afetar o comportamento ou para controlar o acesso” (SACK, 1986: 19). Ou ainda, quando suas fronteiras são usadas por alguma autoridade para moldar, influenciar ou controlar atividades, mostrando claramente as relações de poder. Nessa perspectiva, o território pode ser usado para conter ou restringir, bem como para excluir.
Sack reconhece três relações que estão contidas na definição de territorialidade: a primeira indica que a territorialidade deve “envolver uma forma de classificação por área” (p. 31-32). A segunda, que a territorialidade deve conter uma “forma de comunicação que pode envolver uma marca, sinal ou uma fronteira”. Em outros termos, a fronteira territorial pode ser somente a forma simbólica ou uma afirmação sobre a posse ou a exclusão. Nesse caso a fronteira é utilizada como recurso para delimitar a posse (p. 21-22). E, na terceira relação contida na definição de territorialidade, Sack sugere que a mesma “envolve uma tentativa de controlar o acesso à área e às coisas dentro dela ou restringir a entrada das coisas e pessoas de fora”. (p. 22).
Como podemos observar tanto, em Santos, como em Raffestin e Sack, o território é sempre socialmente construído e mostra o caráter de que influencia e controlam o que e quem. Sack ainda ressalta que a “territorialidade não é um instinto ou impulso, mas, ao contrário disso, uma estratégia complexa para afetar, influenciar e controlar o acesso de pessoas, coisas e relações” e, que pode ser também um “comportamento espacial não territorial” (1986: 216). Isto é, o controle do poder sobre o território pode ser exercido de outro local.
Discutiremos ainda, a importância da fronteira enquanto elementos naturais e/ou artificiais entre o Amapá e a Guiana.
A noção de fronteira está associada às “estruturas espaciais elementares, de forma linear, mais especificamente, de um Estado-nação”. Restringida à escala nacional e privilegiando suas funções demarcatórias, reais e simbólicas, a fronteira designaria uma descontinuidade política; o limite jurídico da soberania e da competência territorial de um Estado. (BRUNET, 1992: 227).
No Estado do Amapá as afirmativas a respeito desse assunto, na zona de fronteira que abarca o município de Oiapoque, foram privilegiadas, mais no sentido demarcatório, sem ficar explicito uma política que tome conta dos arranjos estratégicos para aquela zona de fronteira, enquanto campo de comunicação e troca.
Mudanças recentes no sistema de Estados Nacionais, vulgarmente expressas no termo “porosidade” das fronteiras nacionais, ou na afirmação de que os estados nacionais estão sendo dissolvidos pela globalização, indicam que a funcionalidade dessa convergência conceitual precisa ser revista, pois o caráter dessas mudanças está gerando uma divergência entre a função política dos limites e a função econômica das fronteiras (Machado, 2000).
O Estado do Amapá esteve envolvido por vários anos em um processo litigioso com os franceses, por conta, principalmente, dos interesses nas áreas de garimpo existente na época, na fronteira com Guiana, um Estado Ultramarino Francês ao norte da América do Sul. A partir do momento que foi resolvido o processo litigioso, o município de Oiapoque que apresentava várias territorialidades, poucas manifestações políticas foram vistas nesta zona fronteira, para um local tido como estratégico. Entretanto, o fluxo de pessoas que cruzam a fronteira a cada momento; a comercialização do ouro, o câmbio ilegal do euro e os recursos disponíveis nas áreas de parques são indicadores que materializam interesse para analisar a evolução dessas questões nesta zona fronteiriça, como também, identificar os avanços das políticas brasileiras para esta área e conhecer as novas tendências frente ao processo da globalização.
Embora a fronteira possa ser um fator de integração, na medida em que é uma zona de interpretação mútua e de constante manipulação de estrutura sócio-políticas e culturais distintas, cada lado de uma fronteira apresenta estruturas culturais, sociais, econômicas, políticas e demográficas diferenciadas. Caracterizam-se ainda as fronteiras, por serem locais de instabilidades e mutabilidade, onde podem surgir reações e conflitos de diferentes naturezas, a partir tanto das aspirações das populações que vivem nessas zonas, como de pressões externas. A presença do imprevisível é, assim, outro aspecto marcante da faixa de fronteira, para o que contribui a multiplicidade de atores e redes técnicas e políticas que nela incidem.

5. METODOLOGIA

              Objetivando compreender as relações entre o sujeito e o objeto da pesquisa a partir do contexto em que se situam, optamos pelo método dialético por acreditarmos que nos auxiliará a interpretar e analisar os dados coletados, dando novos significados às discussões existentes e pressupondo uma relação dinâmica entre pesquisador e pesquisado. Pretendemos trabalhar em uma perspectiva materialista – histórica por levar em consideração a contradição que se estabelece entre os diversos sujeitos social. Neste sentido, o primeiro passo desta investigação será a “Pesquisa Bibliográfica” a fim de aprofundar as principais contribuições e produções teóricas existentes através de livros e obras congêneres das categorias eleitas previamente, monografia, artigo, site, livros, etc.
              Outro procedimento adotado será a “Pesquisa de Campo” com objetivo de aproximar do objeto de pesquisa, estudando e conhecendo-o, a partir da realidade, permitindo articular conceito e criar novas questões ou preenchendo lacunas deixadas pelas produções existentes.
              Uma oura técnica que estará se utilizando é a observação em campo, mesmo sabendo nas alterações no ambiente e comportamento das pessoas que pode provar ou o pesquisador se basear na interpretação pessoal e distorcer o fenômeno ou ainda representação parcial da realidade devido seu grande envolvimento com a pesquisa. Mesmo exigindo uma permanência sistemática no lócus de pesquisa requerendo tempo, para atingir esta meta será feito um planejamento de observação conforme o período estabelecido para coleta dos dados.
              Será adotada também a Entrevista enquanto instrumentos para captar informações através das falas dos atores sociais que fazem parte do contexto pesquisado, não é um procedimento sem objetivos, sendo elas estruturadas ou não, revelam importantes elementos sociais e culturais do cotidiano que podem ser informações a nível individual ou particular ou ainda coletiva, permitindo um diálogo aberto e rico em interações sociais.

6. REFERENCIAS

BOURDIEU, Pierre. Escritos de Educação. CATANI, Afrânio; NOGUEIRA, Maria Alice (Orgs) Petrópolis: Vozes, 1998.

CARMO, Ronilson Souza. Geografia Política na Fronteira Franco-Brasileira: uma análise a partir de Clevelândia do Norte. Monografia (Graduação em Geografia) UNIFAP Macapá: Março – 2010.

______________BRUNET, R. (org.) (1992): Les Mots de la Géographiedictionnaire critique, Montpellier-Paris, RECLUS, 520p

FONSECA, Jean Cláudio Santos. A Dinâmica Territorial da Fronteira Amapá - Guiana Francesa Sob A Influência da Integração: 1995 a 2007. 2008. Dissertação (Mestrado em Geografia Humana) UFPA, Belém: setembro - 2008.

LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico. Atlas, 1997.

MACHADO, Lia Osório. Limites e Fronteiras: da Alta Diplomacia aos Circuitos da Ilegalidade. In. Revista Território. Rio de Janeiro: LAGET/UFRJ.Ano V, nº 8.Jan- jun., 2000.

RAFFESTIN, Claude. Por uma Geografia do Poder. São Paulo: Ática, 1993.

RAFFESTIN, Claude. Répères pour une théorie de la territorialité humaine. In: DUPUY,
Gabriel et alli. Reseaux territoriaux. Caen: Paradigme, 1988.

SANTOS, M. Metamorfose do Espaço Habitado. São Paulo: Hucitec, 1997.

SACK, R. D. Human territoriality: its theory and history. Cambridge: Cambridge University, 1986.


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Apelação para Ingressar no Mestrado

Carta de Intenção do Candidato
Nome: Ronilson Souza do Carmo
Linha de Pesquisa: Gestão e Conservação da Biodiversidade.
Justificativa
              Minha identificação e opção pelo objeto de estudo é em conseqüência, por um lado, de ter desenvolvido minhas atividades acadêmicas no município de Oiapoque e ter a oportunidade de visitar as áreas das reservas ambientais e as comunidades que estão localizadas naquele entorno. Por outro, na realização do Trabalho de Conclusão de Curso em geografia optei por fazer minha pesquisa sobre geografia política e percebi o quanto pode ser possível perceber o Estado de forma mais atuante através de políticas públicas que possibilitem o desenvolvimento social e econômico com ampla atuação nas esferas ecológicas e ambientais.
              Outro fator que considero importante é discutir o desenvolvimento local. Assim, discutir desenvolvimento local perpassa por considerar a capacidade educacional das populações, a fim, de instruí-las de um forte capital social para que possam intervir de forma prudente no meio em que vivem para terem a capacidade de utilizar todos os recursos disponíveis de forma racional.
              Portanto, estudar a Aplicabilidade da Educação Ambiental nas Áreas de Biodiversidade como indutor do desenvolvimento sustentável, na fronteira franco-brasileira, com base no modelo do que vem sendo discutido sobre conservação ambiental, será fundamental para compreendermos o papel que o Estado assume enquanto estratégia para a apropriação dos recursos, a fim de, potencializar o desenvolvimento local.


                         ________________________________________
Ronilson Souza do Carmo

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O Reconhecimento

Aos dias 14 do mês de fevereiro de 2011, recebi um email de uma aluna de graduação da PUC/PR, congratulando pelo meu trabalho acadêmico que concluir pela Unifap. O trabalho trata de geopolitca na fronteira Fraco-brasileira e está disponivel no site da website.com.br com o título de "GEOGRAFIA POLÍTICA NA FRONTEIRA FRANCO-BRASILEIRA". É um trabalho impar que aborda questões a esse respeito que com certeza terá muito enrrequecimento para geopolítica.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Minha Nova Profissão

Em reconhecimento aos trabalhos prestados a sociedade amapaense, hoje sinto-me recompensado pelo cargo que assumir na nova gestão do PSB/PT. Em retribuição aos votos de confiança a minha pessoa, farei da minha experiência profissional a alavanca para o sucesso deste governo.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A Inclusão dos Portadores de Necessidades Especiais Nas Escolas.

PROJETOS

Projetos são contribuições que podem satisfazer a qualidade do aprendizado no espaço escolar. A partir dessas iniciativas é possível melhorar a qualidade do ensino e estender o conhecimento para fora do ambiente escolar. Isso provoca uma interação entre todos os atores que fazem parte do processo educacional com reflexo direto para a comunidade como um alvo fundamental da aplicabilidade do conhecimento.

Nesse artigo que elaborei eu proponho a ideia de um projeto para trabalhar na escola com portadores de necessidades especiais. Percebo o descaso do poder público enquanto a estrutura que pode ser oferecido para esta clientela, a partir dessas lacunas que observamos no sistema educacional, o profissional pode contribuir com projetos que possam suavizar certas questões delicadas.

A INCLUSÃO DOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAS NAS ESOLAS


Texto baseado na Declaração de Salamanca: A contribuição da escola especial à inclusão.
Aspectos abordados:
            a) a realidade do município ou estado em relação às escolas especiais e as novas tecnologias;
            b) o perfil do aluno que pode ser atendido em escolas especiais;
            c) a contribuição dos professores da escola especial à inclusão;
            d) a relação entre a escola especial e escola regular na inclusão.

TEXTO

A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA ESPECIAL À INCLUSÃO.

            A realidade no nosso Estado em relação à escola inclusiva ainda caminha em passos lentos e no município chega a um percentual quase zero. Com esta realidade, podemos ressaltar a importância do quanto é importante adotar modelos de escolas inclusivas de outros Estados ou países que estão obtendo resultados aplausivos utilizando instrumentos tecnológicos para a qualidade de aprendizagem.
 A nossa comunidade como todas as outras, precisa incluir todos os tipos de alunos nas escolas, além do dever que temos. Existem parâmetros legais que diz que toda pessoa, independente das condições físicas, psicológicas, cor, sexo, costume, hábitos, ou seja, qualquer influência adquirida ou hereditária que possua tem que frequentar um banco de escola. Nós, como cidadãos, não podemos presenciar coisas dessa natureza acontecer diante de nossos olhos sem poder fazer nada para mudar esse quadro.
Temos um acervo de informação a nosso favor, que oportuniza o profissional da educação a ter mais liberdade de trabalhar com diversas metodologias, podendo incluir qualquer pessoa independentes de suas dificuldades nas escolas.
Enquanto o perfil do aluno deve-se adicionar as escolas todos os alunos, independente das dificuldades neuromotoras ou psiquiatras que este aluno apresente, cabem aos professores o desafio de conduzir o aluno até que se chegue ao quadro esperado de aprendizagem.
A partir do momento que uma pessoa escolhe uma vocação para seguir como carreira, neste momento já se começa um desafio de vida para ser seguido e é aqui que gostaríamos de chamar a atenção, geralmente o que acontece em uma carreira profissional é a ausência de vocação para se realizar um trabalho, então fica difícil para alcançar um resultado esperado.
O desempenho e a contribuição do professor, das escolas especiais às escolas regulares são importantes uma vez que a formação pedagógica pode oportunizar a preparação deste profissional de como conduzir vários tipos de situação encontrada pelos portadores de necessidades especiais. Dificilmente será notada por outro profissional, devido algumas técnicas que vão se desenvolvendo ao longo da aprendizagem.
Esses profissionais, durante a formação, conseguiram desenvolver o lado vocacional e numa relação de ensino e aprendizagem é extremamente importante tanto para o docente como para o discente, porque há uma troca mutua no processo pedagógico que envolve vários fatores tanto na vida, aonde se realiza este acontecimento como na profissão daquele que se dedica a ensinar. “Tanto a representação que o professor faz de seu aluno quanto àquela que o aluno constrói acerca do professor dão sentido às experiências que compartilham em sala de aula e são determinantes na aprendizagem e ensino”. 
            Enquanto a relação que existente entre as duas escolas, deveremos olhar com muito cuidado, pois quando mencionamos “escola especial” estamos diferenciando da escola regular. Para um aluno que apresenta deficiência ao ser incluída na escola especial, remeterá a este aluno ou a sua família uma rejeição psicológica, não que isso ocorra para todos os eventos, mais ainda é um condicionante a ser analisado.
 O importante é que um dia possamos igualar essa realidade, sem distinguir uma escola da outra. Não devemos posicionar-se com pessimismo diante de tais circunstâncias e pensar que nunca chegaremos a esse estágio, antes de fazer isso, vamos trabalhar em cima desses condicionantes para preconizar nossas idéias e elaborar bons projetos mudando essa realidade.
            Por isso que estamos empenhados a construir daqui pra frente um novo quadro da escola especial dentro de nossa comunidade rumo a inclusão social, é evidente  que ainda existe muitas barreiras a ser quebradas mas o importante é saber que os primeiros passos já foram dados.    



                                                                                         ronilsoncarmo@hotmail.com

Nossas Contribuições

Tecnologia e Educação
A análise que faço a respeito desse tema é pautada nos estudos elaborados para a inclusão do mundo tecnológico dentro das escolas. Hoje se fala tanto sobre tecnologia e certamente ela está empregada em todos os processos de produção que podemos imaginar, mas quando associamos o emprego dessas ferramentas no processo de aprendizagem no sistema educacional brasileiro ainda dista de certa realidade de outros locais.
O que é mais paradoxal foi que a tecnologia nasceu dentro da escola, como uma mãe que passa, desde o momento da fecundidade, agüentado arduamente a formação daquele feto e depois do nascimento, por mais que ela tente educá-lo, a sociedade, nas palavras de Rousseau, acaba corrompendo este individuo, ou seja, perde-se o controle da situação e depois tem que socializá-lo. É assim que vejo o sistema tecnológico nas escolas, apesar de ter partido das salas de aula e ganhado o mundo, agora, muito embora seja tarde, para nossa realidade temos que alcançá-la.
Falando como um profissional da educação, ressalto a importância da aplicabilidade de ferramenta tecnológica no sistema educacional como um caminho de se alcançar o processo de aprendizagem mais rápido, mas para isso teremos que repensar todo o sistema educacional, visando à qualidade do profissional. Foi oportuna a entrevista da professora, Elisabete Almeida, sobre o tema “Tecnologias trazem o mundo para a escola” entre uma de suas fala ela ressaltava a qualidade do espaço físico da escola como um elemento fundamental no processo de aprendizagem. A forma arquitetônica escolar tem que proporcionar ao aluno um espaço de liberdade, onde possa existir uma interação entre o mundo real e o fictício, a vida social e o ambiente natural o ideal seria criar as “salas bosque” no ambiente escolar.
ronilsoscarmo@gmail.com- dezembro-2010.

Como fazer um Plano de Aula?


PLANO DE AULA


I- IDENTIFICAÇÃO:
Tecnologia na Educação
Disciplina: Geografia           Série: 3º Ano  
Tempo previsto: duas aulas de 50 minutos

II- OBJETIVOS:
1) Reconhecer e localizar, no mapa do mundo, as maiores metrópoles. 2) Conhecer os problemas ambientais existentes nos grandes centros urbanos e perceber que eles comprometem a qualidade de vida dos seus habitantes. 3) Analisar a situação ambiental dos grandes centros urbanos do mundo. 4) Perceber que a urbanização é acompanhada de crescimento populacional, o que promove uma conseqüente intensificação do uso e da ocupação do solo, gerando diversos problemas ambientais. 5) Identificar os problemas ambientais presentes na cidade onde se encontra a escola. 6) Propor quais mudanças seriam necessárias para solucionar os problemas ambientais encontrados.

III- CONTEÚDO:

   III– UNIDADE: Europa
·            População e sua distribuição;
·            Urbanização;
·            Problemas ambientais

IV - PROCEDIMETOS METODÓLOGICOS:
Caro professor (a), trabalhar a urbanização é um quesito fundamental para entendimento da dinâmica de uso e ocupação dos territórios. Inicie sua aula fazendo um breve histórico do processo de urbanização mundial. Cite que a cidade surgiu das tentativas, durante muitos séculos, do homem, em dominar as forças da natureza. As cheias periódicas dos rios fertilizavam a terra próxima, favorecendo a sua produtividade.
Somente com o desenvolvimento da agricultura irrigada nas planícies dos grandes rios e um trabalho coletivo da população de várias aldeias, para a abertura de canais de irrigação, a drenagem de pântanos e a construção de represas e poços é que os campos de cultivo puderam crescer.
Com o controle das águas, a produtividade agrícola aumentou de modo a gerar excedentes para abastecer a cidade. A ausência de meios de transporte que possibilitassem a circulação desses excedentes fazia com que a vida urbana ficasse restrita apenas aos vales dos rios. O aperfeiçoamento dos meios de transporte fluvial, marítimo e terrestre e o cultivo de alimentos menos perecíveis venceram esse limite à expansão urbana.
A partir do século 19, com a Revolução Industrial, começou um novo período na história das relações entre a cidade e o meio ambiente natural. Os últimos obstáculos presentes na natureza para o crescimento populacional e físico das cidades foram extintos. Como conseqüência, surgiram diversos problemas ambientais nas cidades industriais européias e norte-americanas, sobretudo o da poluição atmosférica ocasionada pela queima de combustíveis fósseis pelas indústrias e o despejo de resíduos industriais em corpos d'água e no solo.
Até a Segunda Guerra Mundial, os problemas ambientais urbanos estavam reduzidos a um conjunto de países industrializados do mundo, pois neles se concentrava grande parte das metrópoles e das regiões industriais. Nas nações em desenvolvimento, a urbanização se intensificou a partir de 1950, graças ao processo de industrialização.
Atualmente, o mundo passa por acelerado processo de urbanização, afetando principalmente os países em desenvolvimento, os menos equipados para prover transporte, habitação, água e esgoto. O inchaço populacional das cidades tem sérias conseqüências ambientais, econômicas e sociais nesses países.


V- RECURSOS:
  • Mapas
  • Imagens
  • Vídeos

VI- ATIVIDADE:
Inicialmente, solicitar que os alunos pesquisem quais são as maiores metrópoles do mundo, com mais de 10 milhões de habitantes. As cidades encontradas deverão ser indicadas num mapa-múndi.
Depois, escrever na lousa o nome das maiores metrópoles e pedir para os alunos realizarem correções, se necessário. Aproveite para definir "urbanização", bem como outros temas, como "área metropolitana" e "metrópole".
Dividir os alunos em grupos. Cada grupo ficará encarregado de pesquisar em jornais, revistas ou livros os problemas ambientais que existem em algumas cidades de diferentes continentes. Também, se possível, é importante os alunos conseguirem imagens das metrópoles pesquisadas. Pedir para que observem as imagens, comparando-as aos problemas no meio ambiente que podem se manifestar, em decorrência da concentração populacional.
VII- AVALIAÇÃO
Deve-se fazer uma avaliação qualitativa contínua da atividade, acompanhando o desenvolvimento do aluno, avaliando-o no seu dia-a-dia em sala de aula. Deve-se avaliar o desenvolvimento de habilidades (raciocínio, aplicação de conceitos, capacidade de observação e de crítica, etc.), bem como de atitudes (responsabilidade na execução das tarefas, sociabilidade, etc.).